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Biopesticida para controle de lagartas

Descrição

Várias espécies de insetos e ácaros se alimentam de folhas de soja, com destaque para as lagartas e os coleópteros que causam desfolha direta. A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis, e a lagarta-falsa-medideira, Chrysodeixis includens, são as principais desfoleadoras da soja. Além disso, a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) é outra que ataca muitas culturas, em especial as lavouras de milho, soja e algodão, sendo a principal praga da cultura do milho no Brasil. O controle desse inseto é mais difícil atualmente devido a sua resistência aos inseticidas. Com a intensificação da agricultura (mais de um ciclo de cultivo anual), os cultivos sucessivos possibilitam a sobrevivência de elevadas populações de S. frugiperda e o fluxo contínuo de mariposas entre culturas hospedeiras, que ocasionam grandes infestações da praga, independentemente da fase de desenvolvimento das plantas e época de cultivo. Outro problema para o controle é que a lagarta se aloja dentro do cartucho do milho. Com isso, pulverizações, sejam por inseticidas químicos ou biológicos, não são tão efetivos pela localização do inseto. Além disso, a frequência da resistência em populações do inseto vem aumentando para as cultivares de milho BT.

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia desenvolveu um biopesticida que combina um fungo, o Metarhizium rileyi, e um vírus, o baculovirus, para o controle de populações de lagartas Anticarsia gemmatalis e Chrysodexis includens. O produto pode ser formulado para uso tipo dispersão oleosa (OD), uma mistura dos conídios secos (ingrediente ativo) com inertes (óleo vegetal, emulsificantes e um estabilizador de emulsão), para ser misturada em água. O uso combinado de fungos e vírus agentes de controle biológico de insetos em uma mesma formulação pode aumentar o espectro de ação do produto e a redução de doses para casos onde existe sinergismo entre patógenos.
 

Abrangência geográfica

Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

Nordeste: Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte

Norte: Pará, Rondônia, Tocantins

Sudeste: Minas Gerais, São Paulo

Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

APLICAÇÕES

O biopesticida, o único no país resultante de uma formulação mista de fungo e vírus, pode ser utilizado especialmente no controle de populações de lagartas que atacam as plantas.

Poderá ser utilizado para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) que ataca a cultura do milho e também para o controle da lagarta da soja.

O formulado foi testado em campo e apresentou boa eficácia de campo em doses economicamente viáveis, nenhum efeito negativo significativo na população de parasitoides, boa miscibilidade e fácil manipulação (pronto para uso).

O isolado pode ser usado para controle de noctuídeos em outras culturas, tais como soja, algodão, feijão, hortaliças entre outras.

Fonte: Embrapa.

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